Histórico GEM

29/07/2010 16:30

    A idéia de criar um grupo de espeleologia surgiu a partir das descobertas espeleológicas na Serra dos Martírios/Andorinhas em 1987 no município de São Geraldo do Araguaia/PA. Os trabalhos foram desenvolvidos por técnicos e voluntários da Fundação Casa da Cultura de Marabá - FCCM, através do projeto Martírios do Araguaia, o qual tinha como objetivo, realizar estudos nas áreas da arqueologia, zoologia, botânica e antropologia, porém com a descobertas de várias cavidades foram incluídos os levantamentos espeleológicos.

    O Grupo Espeleológico Marabá - GEM foi criado oficialmente em 08 de agosto de 1989, sendo seus membros criadores: Jorge Augusto Paul Gruda, José Nilton dos Santos, Luiz Coimbra Nunes, Manoel Antônio Silvério, Marcos Antônio Oliveira, Noé Carlos Barboza Von Atzingen, Rosilan Rocha Sobrinho e Vladimir Lopes Barros, todos tinha o intuito de estudar, documentar, divulgar e preservar as cavernas, cachoeiras e estruturas ruiniformes da região sudeste do Pará. Durante o primeiro ano de existência o grupo não tinha uma coordenadoria bem definida, era coordenado por alguns membros criadores, só em 17 de agosto de 1990, por meio de uma eleição Luiz Coimbra foi eleito o 1° coordenador do GEM, tendo como vice José Nilton Santos e Noé Von Atzingen como relator.     

    Foi indispensável para a formação do grupo, a parceria com o GEP - Grupo Espeleológico Paraense, que era sediado na cidade de Belém, capital paraense, através dos geólogos Clovis Maurity e Dirse Kern, pois repassaram as primeiras orientações técnicas e metodologias das atividades espeleológicas.

    Nos primeiros anos o grupo se dedicou exclusivamente a Serra das Andorinhas, com exceção da documentação de algumas cavernas no município de Xambioá/TO, com litologia em calcário, sendo as únicas em calcário documentadas pelo grupo até então, diferentemente das encontradas na serra das andorinhas, que são em quartzito e já passam de 600 cavidades.  

    Somente a partir de 1997 o grupo resolve expandir os levantamentos, iniciando pelo município de Palestina do Pará, onde identificou as primeiras cavernas em arenito, ao todo foram 27 cavidades naturais subterrâneas, dentre abrigos, grutas e cavernas, além de 5 cachoeiras. Dando continuidade, em 1998 o município estudado foi Curionópolis, localizado na região de Serra Pelada, famosa por ser o maior garimpo a céu aberto do mundo nos anos 80, onde foram documentadas dezenas de cavidades com litologia em minério de ferro.

    Um sonho almejado por todos os membros do GEM era encontrar cavernas dentro dos limites do município de Marabá, visto que este é sede da entidade. Após uma década de árduos e proveitosos trabalhos, em outubro de 1999 foi descoberta a primeira cavidade genuinamente marabaense, localizada nas proximidades da Serra do Sereno, batizada com nome de Luiz Serra do Ouro, em homenagem ao antigo dono da área, a caverna tem 33,5 m de projeção horizontal com litologia em minério de ferro.

Em 2001, o grupo rompe os limites estaduais, fazendo vários levantamentos e descobertas nos estados do Tocantins e Maranhão.

    Após anos de capacitação e qualificação profissional, os membros do GEM, começaram a serem multiplicadores dos conhecimentos adquiridos, repassando para demais profissionais em Marabá e região as técnicas científicas necessárias para o trabalho com pesquisas de cavernas, aumentando assim consideravelmente os membros participantes do grupo.

    Após 22 anos de fundação o GEM, atualmente desenvolve pesquisas no sul e sudeste paraense, no norte do estado do Tocantins e sudoeste do estado do Maranhão. O mesmo conta com cerca de 30 integrantes atuantes, os quais se reúnem na primeira 5ª feira de cada mês.

    Sendo um dos membros mais atuantes da SBE – Sociedade Brasileira de Espeleologia, o GEM possui uma larga experiência em prospecção, documentação e topografia de cavidades naturais na região. Já realizou dezenas de cursos de introdução a espeleologia e orientação ao trabalho de campo para estudantes e novos membros do grupo.

    Hoje o grupo é considerado por vários especialistas da área um dos mais atuantes do país e da América Latina, já tendo descoberto e documentado mais de 2.400 cavidades naturais subterrâneas, uma impressionante marca levando em conta as grandes dificuldades que o GEM vem enfrentando desde a sua criação.

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